A 54.ª edição da Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Moçambique (FACIM) tem como lema "Moçambique e o mundo: alargando o mercado, potenciando investimentos, promovendo parcerias".

As empresas portuguesas estarão representadas no Pavilhão de Portugal, organizado pela Fundação AIP em parceria com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) Portugal Global.

A presença feira acontece depois de uma visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Maputo, no início de julho, em que incentivou à cooperação empresarial entre Portugal e o país lusófono virado para o oceano Índico.

Desta vez, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, participa hoje na abertura da feira e na cerimónia de entrega de prémios Téktónica Moçambique, promovida pela Fundação AIP.

Na terça-feira, durante a manhã, o membro do Governo marca presença na sessão de apresentação do Diretório 2018-19 da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique, no Centro Cultural Português, e visita depois a fábrica da Sumol Compal em Boane, a sul de Maputo.

Durante a tarde dirige a cerimónia do Dia de Portugal, na FACIM.

No dia 29, o governante participa ainda no Fórum Qualidade e Competitividade Agroalimentar, organizado pela Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP).

Eurico Brilhante Dias visita Moçambique até sábado e o programa inclui ainda encontros institucionais com o ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, com o ministro da Energia e Recursos Minerais, Max Tonela e ainda com o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Osvaldo Machatine.

Está ainda na agenda uma deslocação à província de Nampula para identificar oportunidades associadas ao corredor ferroviário Nampula - Nacala e para encontros com empresários portugueses que operam na região.

Ligar Moçambique ao mundo

O evento é organizado pela Agência de Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX) de Moçambique que espera acolher este ano cerca de dois mil expositores e mais de 160 mil visitantes de 20 países, anunciou o diretor-geral, Lourenço Sambo.

As 11 províncias moçambicanas terão cada qual o seu pavilhão, onde vão expor o seu potencial económico.

De acordo com a organização, a FACIM ter permitido desenvolver parcerias entre as pequenas e médias empresas de países presentes, abrindo a possibilidade de internacionalização de empresas moçambicanas.

O país tenta recuperar de um período de crise económica e financeira, procurando diversificar o leque de exportações - atualmente concentrado em minerais da indústria extrativa e de olhos postos na produção de gás natural aguardada para daqui a quatro anos.

Um novo ciclo eleitoral arranca em outubro com votação para as autárquicas e eleições gerais dentro de um ano, sendo que o país avança para um novo acordo de paz entre Governo e o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), estabilidade só beliscada por uma onda de assaltos violentos a aldeias remotas do norte do país - a cerca de dois mil quilómetros de Maputo, mas perto dos investimentos internacionais em gás.

O Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) destaca sinais positivos e anunciou na última semana que o país atingiu cerca de 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) em exportações no primeiro semestre de 2018 contra 977 milhões de dólares (859 milhões de euros) do mesmo período do ano passado.

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