“Edinho” – como é conhecido o jogador que alinhou pelo Santos, antigo clube do pai, durante os anos de 1990 – tinha evitado até aqui cumprir a pena aguardando em liberdade o longo processo de recurso. Contudo, na quinta-feira, um juiz confirmou a sentença, reduzindo a pena a que tinha sido condenado em 2014 de 33 para 12 anos e 10 meses de prisão, e ordenou que a começasse a cumprir.
“Estou frustrado, pois estou sendo massacrado pela justiça, mas eu preciso confiar nessa mesma Justiça e tenho certeza que, com o tempo, as coisas vão se acertar. A frustração é grande, porque estou sendo acusado de lavagem de dinheiro, mas eu nunca fiz isso. Não tem nenhuma prova no processo”, afirmou Edinho, de 46 anos, citado pelo portal de notícias G1, antes de se entregar numa esquadra em Santos.
O caso que levou Edinho, um dos sete filhos de Pelé, à barra do tribunal remonta a 2005, quando se iniciou um processo em que o ex-jogador foi acusado de associação ao tráfico de droga.
Na altura, Edinho negou todas as acusações, mas admitiu que era consumidor de drogas, tendo o processo sido anulado pelo Tribunal Superior de Justiça do Brasil em 2008.
Mas o julgamento prosseguiu nos tribunais, centrado na acusação de lavagem de dinheiro, levando o tribunal de primeira instância a condenar Edinho e mais duas pessoas.
“O argumento é sobre a minha amizade, de certa forma intimidade com outros acusados. Eu nunca neguei isso, mas nunca lavei dinheiro. O argumento para condenação é simplesmente amizade. E fica difícil aceitar e passar por tudo que estou passando por mais de 15 anos”, afirmou.
“Eu tenho vergonha, me arrependo da minha imprudência, mas eu não cometi crime. Eu sou forte, vou superar e dar a volta por cima”, concluiu, citado pelo G1.
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