De acordo com a governante guineense, a aprovação do programa decorre da quarta revisão que o FMI fez ao desempenho macroeconómico do país africano do qual saiu “nota positiva” em virtude de Bissau ter atingido “todas as metas indicativas”.
Em nota do FMI distribuído aos jornalistas, a margem de uma conferência de imprensa, lê-se que a economia guineense “está a crescer fortemente”, a situação fiscal “melhorou consideravelmente” e que as condições do comércio são favoráveis.
O PIB real cresceu em média de quase 6%, no período de 2015/16, o que se vê num excedente na conta corrente externa e ainda no abaixamento da inflação para 2%, diz a comunidade do FMI.
A organização acrescenta que as “perspetivas de crescimento são amplamente favoráveis” para a economia guineense, apontando para uma projeção de 5,5% em 2017.
A melhoria do ambiente do negócio, os investimentos no fornecimento de serviços essenciais pelo Estado, nomeadamente água potável e eletricidade, investimentos em infraestruturas e estradas, são, para o FMI, os fatores que têm contribuído para “o impulso positivo” da economia guineense.
Na mesma nota distribuída aos jornalistas, o FMI assinalou que dois pontos de referência à avaliação ao desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau, não foram cumpridos: operações à gestão da dívida e o saneamento da empresa pública de eletricidade.
O representante do Fundo, na Guiné-Bissau, Oscar Melhado, felicitou a “política de gestão rigorosa” dos recursos públicos em curso no ministério da Economia e Finanças e ainda destacou o facto de, pela primeira vez, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos terem votado favoravelmente para aprovação do programa do governo guineense.
No passado, disse ainda Melhado, os Estados Unidos sempre tinham optado pela abstenção.
Felicidade Abelha enalteceu o facto de o FMI ter constatado as melhorias o que disse ter sido alcançado “num contexto difícil” em que as Finanças Públicas vivem com “parcos recursos” para responder às demandas das populações.
A secretária de Estado do Tesouro guineense enfatizou que a avaliação encoraja o governo, no seu todo, e o Ministério da Economia e Finanças, a prosseguir com a aplicação rigorosa e transparente dos recursos.
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