De acordo com o ‘World Economic Outlook’ (WEO), relatório com previsões económicas mundiais divulgado hoje, o FMI piorou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português deste ano de 2,4% previstos em abril para 2,3%.
A previsão para 2018 está em linha com o estimado pelo Governo, que prevê que a economia cresça 2,3% no conjunto do ano, segundo o Programa de Estabilidade 2018-2022 apresentado em abril.
Para o próximo ano, o FMI continua a estar menos otimista do que o Governo, mantendo a estimativa de crescimento do PIB em 1,8% e prevendo um abrandamento mais cedo do que o Governo, já em 2019.
No Programa de Estabilidade, o Governo estima que a economia cresça acima de 2% até 2022, avançando 2,3% em cada um dos anos até 2020 e abrandando em 2021 e 2022 ao crescer 2,2% e 2,1%, respetivamente.
Por outro lado, o FMI continua a estar mais otimista do que o Governo quanto ao mercado de trabalho, prevendo que a taxa de desemprego fique abaixo dos 7% já no próximo ano.
No relatório, o FMI prevê que a taxa de desemprego fique nos 7% este ano e desça para 6,7% no próximo.
O Governo, por sua vez, antecipa que a taxa de desemprego se reduza para 7,6% em 2018 e para 7,2% em 2019, ficando abaixo dos 7% apenas em 2020 (6,8%) e descendo para 6,5% em 2021 e para 6,3% em 2022.
Ao contrário do executivo, o FMI estima que saldo da balança corrente se deteriore, sendo nulo este ano passando a um défice de 0,3% do PIB em 2019.
No Programa de Estabilidade, prevê-se que o excedente da balança corrente cresça para 0,7% do PIB este ano, mantendo-se nesse valor até 2020 e reduzindo-se até 0,4% do PIB em 2022.
As projeções do FMI para 2018 baseiam-se no Orçamento do Estado deste ano e refletem as previsões macroeconómicas dos técnicos da instituição. As projeções para 2019 têm em conta um cenário de políticas inalteradas.
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