“O pagamento devido em 2019 pelo Fundo de Resolução será realizado após a certificação legal de contas do Novo Banco e após um procedimento de verificação, a realizar por entidade independente, que visa confirmar se o montante a pagar pelo Fundo foi corretamente apurado”, indica a entidade em comunicado.

“Para a realização do pagamento, o Fundo de Resolução irá utilizar, em primeiro lugar, os recursos financeiros disponíveis, resultantes das contribuições pagas, direta ou indiretamente pelo setor bancário”, adianta o Fundo, acrescentando que “esses recursos serão complementados pela utilização de um empréstimo acordado com o Estado em outubro de 2017, com o limite máximo anual, então definido, de 850 milhões de euros”.

O Novo Banco anunciou hoje prejuízos de 1.412,6 milhões de euros em 2018, e alterou os resultados de 2017 subindo os prejuízos para 2.298 milhões de euros nesse ano.

O banco anunciou, então, que vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução recorda que “como também foi divulgado em março de 2017, os pagamentos a realizar pelo Fundo de Resolução – caso se cumpram as respetivas condições – estão sujeitos a um limite máximo, fixado em 3.890 milhões de euros”.

Em 2018 foi feito um pagamento de 791,7 milhões de euros ao Novo Banco. “O montante pago em 2018 e o montante agora apurado pelo Novo Banco enquadram-se nas obrigações contratualizadas em 2017 e estão contidos naquele limite máximo”, indica a entidade.

A soma dos dois valores atinge cerca de 1.940 milhões de euros, o que significa que o banco ainda poderá pedir mais quase 1.950 milhões de euros, uma vez que a recapitalização do Fundo de Resolução pode chegar aos 3,89 mil milhões de euros.

O Fundo de Resolução ainda detém 25% do Novo Banco, detendo o fundo de investimento norte-americano Lone Star os restantes 75%.

Em 2017, o Estado teve de emprestar ao Fundo de Resolução dinheiro (mais de 400 milhões de euros) para que este pudesse recapitalizar o Novo Banco.