Este programa de conciliação entre a vida laboral e familiar tinha sido anunciado por António Costa na sessão de encerramento do último congresso do PS, em maio passado, na Batalha.

"Apresentaremos na primeira semana de novembro à Comissão Permanente de Concertação Social o Programa para a Conciliação Entre a Vida Pessoal e Profissional", declarou António Costa já no final do seu discurso de abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, em Lisboa.

"Este tem de ser um grande desígnio nacional para podermos ter uma década de convergência com a União Europeia: garantirmos a todos os jovens a oportunidade de em Portugal construírem um futuro de plena realização pessoal e profissional. Portugal precisa de todos para termos mais crescimento, melhor emprego e mais igualdade", declarou o líder do executivo.

No seu discurso, o primeiro-ministro também procurou responder às críticas de que foi alvo a sua medida para o regresso de emigrantes a Portugal.

"Temos óbvia consciência de que não bastam incentivos fiscais, por mais generosos que sejam, para assegurar o sucesso deste programa. É um trabalho que exige proximidade entre as empresas, o IEFP [Instituto de Emprego e Formação Profissional] e as comunidades portuguesas na publicitação de ofertas de emprego", começou por justificar.

Mas, este programa, segundo António Costa, "requer sobretudo o reforço do quadro de confiança e expectativas positivas de que em Portugal é possível a plena realização pessoal e profissional".

"Por isso, este programa articula-se necessariamente com as iniciativas em curso de modernização das empresas, de atração de investimento direito estrangeiro, de criação de emprego científico, de rejuvenescimento da administração pública com as iniciativas legislativas que aguardam aprovação parlamentar de combate à precariedade laboral e de promoção da habitação acessível", acrescentou.