"Os valores relativos às transferências dos portugueses no estrangeiro sobre 2018 são muito positivos e ilustram de forma muito completa a grande confiança que os portugueses têm no seu país de origem", disse José Luís Carneiro à Lusa, no dia em que o Banco de Portugal divulgou os dados relativos às remessas dos emigrantes.

"Alcançámos os 3.684 milhões de euros em 2018, o que significa que temos vindo a crescer de forma ininterrupta desde 2015, ano em que tivemos 3.315 milhões, em 2016 foram 3.343 milhões e em 2017 foram 3.554 milhões de euros", vincou o governante à Lusa.

Para José Luís Carneiro, os resultados são importantes não só porque mostram confiança no país desde 2015, ano em que o Governo de António Costa chegou ao poder, mas também porque o aumento das remessas surge na ressaca da crise financeira.

"Neste período de 2012 a 2014 viveu-se uma crise muito profunda do sistema financeiro e houve vozes que, quando o Governo assumiu funções, temeram o pior nos níveis de confiança no país, mas as transferências dos portugueses no mundo mostram que os níveis de confiança têm vindo a acentuar-se no país, quer relativamente às remessas, quer relativamente ao investimento cada vez mais significativo dos portugueses no mundo nas suas terras e regiões de origem", disse o governante.

Desde 2010, Portugal já recebeu 27.575 milhões de euros, valor que sobe para 54.521 se tomarmos em conta todo o século XXI, lembrou Carneiro, salientado que estes números "mostram bem o contributo decisivo que os portugueses no estrangeiro continuam a dar para garantir o desenvolvimento económico e financeiro de Portugal".

As remessas dos emigrantes subiram 3,65% no ano passado, para 3.684,5 milhões de euros, ao passo que as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal subiram 2,63%, para 531,8 milhões, divulgou hoje o Banco de Portugal.

Em sentido inverso, as verbas enviadas pelos trabalhadores estrangeiros em Portugal recuperaram terreno no ano passado, subindo para 531,8 milhões, depois de terem caído de 533,3 milhões, em 2016, para 518,2 milhões de euros em 2017.

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