“O processo de auditoria especial está a ser concluído, foi pedido por mim ao dr. Rui Vilar, presidente do Conselho de Administração, e depois de concluída será enviada aos supervisores e caso sejam identificadas questões de natureza fiscal ou outras será enviada às entidades competentes”, afirmou Mourinho Félix na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.

Quanto à divulgação desse documento, Mourinho disse que tem informação sob sigilo bancário e que será dado conhecimento apenas às autoridades.

A auditoria está a cargo da Ernest & Young e abrange a gestão da CGD entre 2000 e 2015.

A entrega das conclusões pela consultora tem sido constantemente adiada, justificada pela complexidade da análise de tanta informação.

Ainda sobre o banco público, o governante considerou que a CGD “tem das comissões mais baixas do mercado”, quando comparado com outros grandes bancos.

Quanto à reforma do sistema de supervisão financeiro, admitiu que está “a demorar mais tempo do que desejava e antecipava” e que, na proposta final de lei, nem todos os supervisores financeiros “concordem com tudo”.

Contudo, disse, o importante é que haja coordenação entre os três supervisores (Banco de Portugal, CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) para dar resposta aos problemas, evitando repetição de situações que aconteceram no passado.

Quanto ao Montepio, Mourinho Félix disse apenas que tem “havido acompanhamento da evolução da Associação Mutualista e da Caixa Económica Montepio Geral” e considerou que o importante é que “haja maior acompanhamento ao nível da supervisão dos produtos mutualistas”

“É isso que está a ser assegurado na revisão do código mutualista”, afirmou.