Em audição na Assembleia da República, pela Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, a requerimento do Partido Comunista Português (PCP), João Paulo Rebelo remeteu para “muito brevemente” a apresentação e execução das medidas governativas para o setor, que tem sido fortemente afetado pela pandemia de covid-19.

“O Governo está prestes a apresentar e executar um conjunto de medidas extraordinárias muito relevantes para este setor”, afirmou, acrescentando: “Quero tanto como as federações e os clubes que esses apoios apareçam. Garanto que vão aparecer muito brevemente”.

Perante as preocupações e críticas dos deputados de PCP, Partido Socialista (PS), Partido Social Democrata (PSD) e Bloco de Esquerda (BE), que se fizeram representar na audição e manifestaram a “tristeza” e “desilusão” pelas respostas dadas, o SEJD destacou a presença de financiamento ao desporto na Estratégia Portugal 2030.

“O Governo já garantiu que o Portugal 2030 vai privilegiar o setor do desporto, como o Portugal 2020 não privilegiou. Sou o primeiro secretário de Estado do Desporto, em muitos anos, que não teve oportunidade de beneficiar de apoios comunitários. Conseguimos que esse cenário fosse alterado para o Portugal 2030 e todo o setor vai beneficiar deste apoio”, expressou.

O governante manifestou também vontade em colocar Portugal como “uma das 15 nações na Europa com mais atividade física e desportiva e um dos países europeus mais ativos”.

Para além da Estratégia Portugal 2030, João Paulo Rebelo também prometeu apoios ao setor através do Orçamento do Estado (OE) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem sido amplamente criticado pelas estruturas desportivas nacionais, por excluir recomendações de Bruxelas, nos domínios da atividade física e desportiva das populações, mas que poderá beneficiar o setor em temas como “o Serviço Nacional de Saúde [SNS], as respostas sociais, as respostas à pobreza, a mobilidade sustentável ou a edificação energética”.

Por outro lado, João Paulo Rebelo frisou que o Governo tem reforçado, “de forma significativa”, o plano de infraestruturas desportivas e a possibilidade de “acesso a financiamento com condições vantajosas”.

“Sei que os que mais diretamente contactam com o Governo sabem que podem confiar em absoluto no que lhes é dito. Não há proclamações simpáticas para circunstâncias, há efetivamente trabalho e respostas objetivas”, apontou.

João Paulo Rebelo, que fez por recordar todas as medidas apresentadas pelo Governo de ajuda ao desporto no último ano, mostrou-se cauteloso em relação à retoma da atividade desportiva que tem estado suspensa, durante o próximo desconfinamento.

“O desporto é importantíssimo e estamos a fazer tudo para que retome, mas, das sucessivas reuniões com a Direção-Geral da Saúde [DGS], houve uma expressão que não me esqueço dos responsáveis da DGS, de que é difícil para eles estarem a exigir distanciamento físico e obrigatoriedade do uso de máscara a todos os portugueses e estar a dizer a estas centenas de milhares de pessoas que se pode usar máscara e não haver distanciamento social”, revelou.

Considerando que “o caminho é complexo” e que “as dificuldades são partilhadas com e por todos”, o viseense lamentou que o desporto de formação ainda não tenha retomado, ao contrário do que já acontece com as modalidades de desporto sénior, alegando que o Governo tem “avançado com cautelas e precauções”.

“Estamos muito preocupados com a retoma, mas entendo que muitos problemas do setor serão ultrapassados e resolvidos com a retoma da prática desportiva, que é essencial para o quotidiano destes clubes”, concluiu, no final da sua audição.

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