Segundo Ana Paula Vitorino, o turismo representa atualmente 50% da economia do mar em Portugal, mas "existe margem de crescimento das marinas e de toda a fileira ligada aos desportos náuticos".

Por isso, embora a maior parte das marinas sejam da Docapesca, o Governo tenciona "pôr algumas a concurso e concessionar a privados".

A ministra do Mar identificou "150 possibilidades para fazer marinas de recreio e atividades ligadas aos desportos náuticos", dando como exemplo Peniche, que captou uma das etapas do surf mundial e potenciou o crescimento de um ‘cluster’ do mar.

Salientando que "a economia do mar terá sempre de ser o futuro de Portugal", apontou ainda várias oportunidades de negócio no setor da aquacultura, lembrando que Portugal importa 65% do pescado que consome e cerca de metade é proveniente de aquacultura.

Ana Paula Vitorino espera aprovar no Parlamento, na próxima semana, a alteração do regime legal de licenciamento da aquacultura que visa encurtar o prazo dos atuais três anos para três meses e adiantou que existe financiamento para estes projetos através do programa comunitário Mar 2020 (78 milhões de euros).

A governante referiu ainda outras "oportunidades de negócio" na área de novos produtos e novas áreas do mar, bem como no setor da energia, além do desenvolvimento de parcerias para o setor privado na área marítimo-portuária.