O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, disse à agência Lusa que “a paralisação deverá ter uma adesão significativa tendo em conta a mobilização mostrada pelos trabalhadores”.

Segundo o sindicalista, estes trabalhadores auferem salários muito baixos, não têm condições de trabalho e são precários.

“Por isso, avançaram para a luta, porque reivindicam a integração nos quadros das empresas para as quais prestam serviços, nomeadamente a MEO, NOS, Vodafone, EDP, Segurança Social e outras”, disse.

Se os trabalhadores dos call-centers das empresas de telecomunicações fossem integrados nos quadros das empresas onde prestam serviço passariam a ser abrangidos pela contratação coletiva.

“Isto faria com que tivessem direitos e melhores condições de trabalho”, considerou José Manuel Oliveira à Lusa.

Os trabalhadores em greve vão concentrar-se no Funchal, em Beja, Castelo Branco, Lisboa e Porto para chamar a atenção para o seu protesto.

A manifestação de Lisboa contará com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, e realiza-se frente ao edifício da NOS, no Campo Grande.