Depois de um conselho de ministros extraordinário que começou às 22:35 (hora de Lisboa) de quinta-feira, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, confirmou, em conferência de imprensa, a aprovação do mencionado decreto, para o qual já tinha obtido a aprovação parlamentar na quarta-feira.
A reunião do governo decorreu da incapacidade de o Banca Monte dei Paschi di Siena (MPS) conseguir os cinco mil milhões de euros necessários à sua recapitalização.
O terceiro estabelecimento financeiro italiano e o mais antigo do planeta está, desde há meses, no centro das inquietações com o sistema bancário italiano, devido em particular ao peso da sua carteira de crédito malparado, empréstimos que provavelmente nunca serão reembolsados.
Na quarta-feira, o parlamento aprovou um pedido do governo de aumento da dívida pública em 20 mil milhões de euros, para ajudar os bancos.
Os bancos italianos são fonte de preocupação, tanto devido à sua dispersão - existem cerca de 700 -, como à dimensão do crédito malparado, que está estimado em 360 mil milhões de euros, cerca de um terço do total da Zona Euro, ou ainda ao seu défice de capitalização.
Há anos que o banco MPS alimenta preocupações. Fragilizado pela aquisição desastrosa do banco Antonveneta, depois por um escândalo de corrupção, acumula perdas, que ascenderam a 14 mil milhões de euros, entre 2011 e 2015.
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