Georgieva, de 70 anos, era o único candidato à sua própria sucessão e, segundo comunicou o FMI, a eleição esta sexta-feira decorreu por consenso. O novo mandato inicia-se em 01 de outubro deste ano.
Segundo o Conselho Executivo do FMI, a liderança de Georgieva é “forte e ágil” e nos últimos anos deu “resposta sem precedentes” às crises globais.
Antiga vice-presidente da Comissão Europeia e antiga diretora-geral do Banco Mundial, Georgieva recebeu o apoio explícito de Alemanha, Espanha, França, assim como da União Europeia, para continuar no cargo. Em 2019, beneficiou de uma mudança nos estatutos do FMI relativa ao limite de idade, permitindo que a sua candidatura fosse válida.
Num discurso divulgado após a sua reeleição, Kristalina Georgieva disse sentir-se honrada com a confiança dada e que nos últimos anos, sob a sua liderança, o organismo com sede em Washington (Estados Unidos) “ajudou os países membros a enfrentar choques sucessivos, incluindo a pandemia, guerra e os conflitos, e a crise do custo de vida”,
Afirmou ainda que foi intensificado o trabalho em temas como alterações climáticas e transição digital, que ganham importância na estabilidade macroeconómica e financeira, crescimento e emprego, e que continuará a fazer com que o FMI contribua para que os países enfrentem os desafios globais.
Tradicionalmente, o diretor-geral do FMI é o candidato proposto pelos países europeus e o presidente do Banco Mundial o proposto pelos Estados Unidos, uma repartição contestada por vários países, em particular China, Índia, Brasil e Rússia, que querem um papel de maior destaque em instituições internacionais
Em meados de 2023, foi designado como presidente do Banco Mundial o indo-norte-americano Ajay Banga.
O FMI estima um crescimento da economia global de 3% este ano, impulsionada pelos Estados Unidos e países emergentes.
Na próxima semana o FMI e o Banco Mundial realizam as suas reuniões da primavera, em que atualizarão as estimativas do crescimento global.
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