Entre janeiro e março, a margem financeira cresceu 85% para 246,3 milhões de euros, um aumento que o banco diz ter sido ajudado pelo “ambiente favorável” das taxas de juro com efeitos na carteira de crédito, pois esta é “maioritariamente indexada à taxa de juro variável”.
Já os custos operativos subiram 8% para 111,9 milhões de euros, refletindo os efeitos da inflação, refere o banco. Os gastos com pessoal subiram 4,6% para 58,3 milhões de euros.
Ainda no primeiro trimestre, o banco constituiu imparidades de 27,7 milhões de euros, das quais 26 milhões de euros para fazer face a eventuais problemas com crédito.
No final de março, o Novo Banco tinha 4.105 trabalhadores, mais 15 do que em final de dezembro passado, e 292 balcões, os mesmos que em fim de 2022.
O Novo Banco foi criado em agosto de 2014, aquando da resolução do Banco Espírito Santo (BES), detido pelo Fundo de Resolução bancário. Em 2017, 75% foi vendido ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, que não pagou qualquer preço, tendo injetado 1.000 milhões de euros.
Nessa venda foi acordado um mecanismo pelo qual o Fundo de Resolução recapitaliza o Novo Banco até 2026, com um limite de 3.890 milhões de euros, por perdas em ativos que afetem rácios de capital.
Ao abrigo deste acordo, o Novo Banco já recebeu 3.405 milhões de euros de dinheiro público. Contudo, ainda seguem disputas entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução (desde logo em tribunal arbitral) que poderão levar a que seja colocado mais dinheiro, apesar de que em referência a 2022 (ano em que teve lucros de 560,8 milhões de euros) não ter pedido nova injeção de capital.
No comunicado hoje divulgado, o banco diz que considera que há montantes que lhe são devidos pelo Fundo de Resolução referentes a 2020 e 2021 e que está a levar a cabo “os mecanismos legais e contratuais à sua disposição no sentido de assegurar o recebimento dos mesmos”.
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