O salário mínimo, inédito até agora na África do Sul, deve entrar em vigor a 01 de maio, dois meses e meio depois da chegada ao poder de Cyril Ramaphosa.

O Presidente fez do relançamento da economia da primeira potência industrial do continente uma das suas prioridades.

Os grevistas protestam igualmente contra a introdução de novas leis que limitam, segundo eles, o direito à greve.

“Vinte randes à hora, é uma vergonha”, considerou Martin Kgaladi, trabalhador da indústria automóvel, que se manifestava em Joanesburgo, com uma ‘t-shirt’ denunciando “um salário de escravo”.

As manifestações ocorreram em várias outras cidades, entre as quais a Cidade do Cabo (sudoeste), Durban (nordeste) e Port Elizabeth (sul), tendo os grevistas respondido ao apelo da segunda federação sindical do país, a Saftu.

O partido de esquerda radical dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF) associou-se ao movimento.

A maior central sindical do país, a Cosatu, aliada do governo, não apelou à greve, considerando que perto de metade dos trabalhadores (47%) vai beneficiar com a introdução do salário mínimo.

Estas manifestações constituem o primeiro movimento social importante com que é confrontado o presidente Ramaphosa, antigo sindicalista que se tornou um homem de negócios de sucesso.