A Ford anunciou em 30 de março um acordo com a Zhejiang Huayou Cobalt e com a subsidiária indonésia da Vale para a produção de níquel na Indonésia, que seria usado no fabrico de baterias para automóveis elétricos.
De acordo com um comunicado divulgado pela Ford, o vice-presidente sénior da Huayou, George Fang, disse que era “um dos principais projetos de Uma Faixa, Uma Rota”, a iniciativa internacional de infraestruturas lançada pelo Governo da China.
O republicano Marco Rubio sublinhou que a Ford não tem uma participação maioritária no projeto, “deixando a empresa à mercê do Partido Comunista Chinês”.
Isto porque está inscrita na lei chinesa o dever de qualquer empresa de colaborar com as autoridades de Pequim em questões de segurança nacional, acrescentou o antigo candidato à nomeação presidencial republicana.
Rubio lembrou ainda que, em 2016, a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional acusou uma subsidiária da Zhejiang Huayou Cobalt de usar trabalho infantil e forçado em minas na República Democrática do Congo.
O senador pediu à agência federal responsável pelas alfândegas para lançar uma investigação e para “impor de imediato uma proibição” da importação de bens cuja produção tenha envolvido trabalho forçado.
Rubio, como vice-presidente do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, pediu em julho à Comissão Federal de Comércio que investigue se as autoridades chinesas estão a aceder a dados de utilizadores norte-americanos através da aplicação TikTok.
O senador foi também um dos autores de uma lei, aprovada em 2021, que proíbe a importação de uma série de produtos fabricados na província de Xinjiang, no noroeste da China, no âmbito da luta contra o trabalho forçado da minoria muçulmana uigure.
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