“Já estamos a laborar desde o final de março” e, “em outubro, como já vamos ter todas as máquinas instaladas e as 16 referências de peças quase a 100% qualificadas para a produção, decidimos realizar a inauguração oficial”, disse à agência Lusa Christian Santos, diretor da fábrica.

O grupo francês Mecachrome, liderado pelo português Júlio de Sousa e que detém a portuguesa Mecachrome Aeronáutica, também já anunciou a cerimónia de inauguração de 13 de outubro, a partir das 10:00. A empresa, detentora de outra unidade industrial em Portugal, em Setúbal, investiu cerca de 30 milhões de euros na fábrica em Évora, construída no Parque de Indústria Aeronáutica (PIAE) da cidade.

Com uma área de quase 22 mil metros quadrados, o projeto abrange duas fases de construção: a atual, já concluída, com 13.500 metros quadrados, e uma segunda etapa, em que a fábrica será ampliada para mais 9.300 metros quadrados.

A unidade, que cumpriu o prazo definido por Christian Santos de começar a laborar “até ao final do primeiro trimestre” deste ano, fabrica peças de metal para motores de aviões, estando previsto, ainda para este ano, o arranque da 2.ª fase de produção, com o fabrico de peças para a estrutura de aviões.

“Temos estado a produzir” e, simultaneamente, “a proceder ao processo de qualificação das 16 referências de peças que vamos fabricar em Évora”, explicou o diretor.

Por agora, “já estamos qualificados pelo cliente para produzir 10 dessas 16 referências. As seis que faltam estão em processo de qualificação”, acrescentou.

A fábrica já emprega “perto de 65 funcionários” e o processo de recrutamento continua em curso, afirmou Christian Santos, que disse esperar terminar o ano com “70 a 80” pessoas a trabalhar na unidade.

A meta, até 2020, segundo o diretor, é chegar aos “cerca de 250 a 300” trabalhadores.

A unidade de Évora trabalha exclusivamente para a indústria aeronáutica, para vários clientes, como a Airbus ou a Safran, mas o grupo Mecachrome está igualmente especializado na produção de peças de alta precisão para as indústrias espacial e automóvel.

Na unidade alentejana, está previsto ser instalado um processo produtivo criogénico - à base de azoto líquido – que é “único no mundo”, concebido pelo grupo Mecachrome em França, realçou o diretor, em entrevista à Lusa, em janeiro.

No Parque de Indústria Aeronáutica de Évora estão já instaladas diversas outras fábricas de empresas deste setor, nomeadamente duas da construtora brasileira Embraer.

O investimento da Mecachrome Aeronáutica na cidade alentejana beneficiou de incentivos financeiros atribuídos pelo Estado português, que o considerou “um importante projeto”, capaz de dar “um forte contributo para o desenvolvimento do ‘cluster’ aeronáutico português” e para “a projeção da competitividade” do país.

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