“Portugal tem ainda espaço para crescer no turismo, mas deve fazê-lo com menor concentração. Não é desvalorizar os destinos onde chegam os turistas, mas usar a complementaridade com esses destinos. Se os turistas já chegaram a Lisboa, estão muito perto do Ribatejo e do Alentejo, se já chegaram ao Porto estão perto de outras regiões e temos de expandir a área de influência, para que o turismo possa ser fator de desenvolvimento regional”, declarou.

O ministro referiu que o Governo está já a lançar programas e apoios especiais de financiamento que tem em conta essa ideia de desconcentração, ao intervir no seminário sobre os fundos comunitários e as autarquias, que decorre em Aveiro, sobre o tema da “Competitividade e empreendedorismo”.

“Estamos a ter um debate muito alargado da estratégia nacional, mas já a lançar ideias importantes. Uma delas usando recursos que estavam desaproveitados, como o programa de recuperação do património, em que os primeiros 30 imóveis do Estado, espalhados por todo o país, vão criar uma oferta diferenciadora”, disse.

Outra ideia a que aludiu foi ao programa “Portugal Destino Wi-Fi”, em que “as primeiras experiências vão ser fora de Lisboa”.

A inovação é, segundo Caldeira Cabral, fator para a criação de valor, “o outro lado da equação da competitividade”, em que o governo quer apostar.

“Este governo está a olhar para a competitividade de forma diferente, em relação aos últimos quatro anos. É preciso continuar a olhar para os custos, mas temos de olhar também para o outro lado da equação e criar valor”, disse.

Pegando no tema do painel, o ministro valorizou o empreendedorismo como política de apoio à inovação, salientando que “essas novas empresas “têm enorme potencial de criar novo emprego qualificado” e anunciou a criação de uma rede nacional de incubadoras, através do programa ”Start-Up Portugal”, a apresentar no final do mês, para uniformizar os apoios e aproveitar a experiência das incubadoras de empresas com maior maturidade.