Diamantino Pedro falava durante um painel ministerial na conferência internacional Angola Oil & Gás, iniciativa da consultora Energy Capital &Power, sobre o aproveitamento dos recursos de Angola e da região para o desenvolvimento energético de África.
No painel, onde intervieram também os ministros responsáveis por este setor da Guiné Equatorial, República Democrática do Congo e Namíbia, bem como responsáveis da área oriundos da Serra Leoa e do Senegal, e o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Diamantino Azevedo respondeu afirmativamente ao presidente executivo da Câmara Africana de Energia, NJ Ayuk, que o questionou sobre a possibilidade de Angola ter plataformas flutuantes (FLNG).
“Em breve”, adiantou o governante angolano.
Em declarações à Lusa, o presidente da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, explicou que o desenvolvimento destas infraestruturas está associado às descobertas que forem feitas e aos estudos de viabilidade no ‘offshore’ de Angola.
“É [um projeto] conceptual, e com base ainda no que serão os estudos de viabilidade”, afirmou, indicando que as plataformas poderão estar nas zonas remotas, já que mesmo estando muito distante da principal unidade de liquefação angolana — a fábrica Angola LNG — estas plataformas podem ser usadas para liquefazer gás mais longe da costa.
Com um investimento de 12 mil milhões de dólares, a Angola LNG foi construída para aproveitar recursos de gás natural do ‘offshore’ e é um dos maiores empreendimentos alguma vez realizados no setor de petróleo e gás em Angola.
O projeto é o resultado de uma parceria entre a Sonangol e as multinacionais Chevron, BP, Eni e Total para recolher, processar e lançar anualmente no mercado global 5,2 milhões de toneladas de Gás Natural Liquefeito (LNG).
O projeto abastece também o mercado angolano para ajudar a satisfazer as necessidades energéticas da indústria e de consumo local.
Dispondo de uma frota permanente de sete navios tanque de LNG e três terminais de carregamento (LNG, líquidos e butano comprimido), o objetivo é minimizar a reinjeção e queima de gás, fornecer energia limpa e fiável para os clientes e maximizar o retorno do investimento.
As intalações localizam-se a 350 quilómetros a norte de Luanda, no Soyo, na foz do rio Congo.
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