A Moody’s manteve, na sexta-feira, o ‘rating’ do Reino Unido em ‘Aa2′, mas a mudança da perspetiva, de estável para negativa, significa que pode baixar a nota que atribui ao país em breve.
A agência de ‘rating’ aponta dois fatores na origem da alteração. Por um lado, “as instituições do Reino Unido enfraqueceram, à medida que lutavam para lidar com a magnitude dos desafios políticos que enfrentam atualmente, incluindo os relacionados com a política orçamental”.
Por outro lado, indica a Moody’s, “a força económica e orçamental do Reino Unido será provavelmente mais fraca no futuro e mais suscetível a choques do que assumido anteriormente”.
No comunicado, a agência de notação financeira afirma que “a crescente inércia e, às vezes, a paralisia que caracterizaram o processo de formulação de políticas na era do ‘Brexit’ [saída dos britânicos da União Europeia] ilustraram como a capacidade e previsibilidade que distinguiram tradicionalmente a estrutura institucional do Reino Unido diminuíram”.
No comunicado, divulgado ontem, a Moody’s indica que “o ‘Brexit’ tem sido o catalisador da erosão na força institucional”.
Além disso, “para a Moody’s, o declínio da força institucional parece ser de natureza estrutural e provavelmente sobreviverá ao ‘Brexit’, face às profundas divisões na sociedade e no cenário político do país”.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, o ‘rating’ do Reino Unido não é alvo de um corte há mais de dois anos, estando atualmente classificado como ‘AA’, o terceiro nível mais elevado, pela Standard & Poor’s, e em ‘AA-‘ pela Fitch, que, juntamente com a Moody’s são as três principais agências de notação financeira à escala mundial.
Standard & Poor’s e Fitch também têm a classificação atribuída ao Reino Unido com perspetiva negativa.
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