Em comunicado, o grupo industrial português adianta que este investimento permitirá aumentar a capacidade de produção em 12% (70.000 toneladas por ano), reduzir as emissões de poluentes e aumentar a eficiência na utilização da energia e dos recursos, “com vista a alinhar plenamente a fábrica com as especificações estabelecidas nas ‘Melhores Técnicas Disponíveis’ para a indústria da pasta e do papel”.

“A modernização da fábrica na Figueira da Foz reduzirá em 17% o consumo de energia necessário para produzir uma tonelada de pasta de papel”, refere, explicando que “o recurso a tecnologias de produção mais modernas também contribuirá para a redução da quantidade específica de água necessária, bem como dos produtos químicos utilizados”.

Segundo a empresa, as emissões de gases com efeito de estufa “também irão baixar, graças à implementação de tecnologias mais eficientes em termos energéticos e à substituição de combustíveis fósseis por uma maior utilização de energia renovável produzida a partir de biomassa”.

Paralelamente, o aumento da capacidade de produção permitirá à Navigator “servir mercados internacionais onde existe uma procura crescente por fibras renováveis, contribuindo assim para estabilizar os preços desta mercadoria internacional no médio a longo prazo”.

“Ao apoiar a competitividade deste setor industrial, o banco da União Europeia também contribuirá para a criação de postos de trabalho indiretos na fileira florestal e na cadeia de fornecimento de madeira nas economias rurais. Além disso, a fase de construção criará o equivalente a 300 postos de trabalho”, sustenta.

Na cerimónia de assinatura do acordo, que decorreu em Lisboa, o presidente executivo da Navigator, Diogo da Silveira, salientou que este investimento evidencia “a capacidade de renovação da companhia” e constitiu “mais um passo na modernização do complexo com mais e melhor tecnologia que permitem aumentar a capacidade de produção e diminuir a pegada de carbono”.

Já a vice-presidente do BEI apontou a “ação climática” e a “coesão” como duas das “principais prioridades” da instituição.

“É, por isso, com enorme satisfação que apoiamos um investimento que beneficiará uma região de coesão em Portugal, melhorando simultaneamente o desempenho ambiental da indústria portuguesa da pasta e do papel”, referiu Emma Navarro, citada no comunicado.

O BEI é a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia (UE), cujo capital é detido pelos Estados-Membros, concedendo financiamentos a longo prazo para investimentos viáveis que contribuam para a concretização dos objetivos políticos da UE.

Em 2017, concedeu um total de 1.905 milhões de euros para financiar 25 operações em Portugal, que foi um dos dez países da UE a receber mais apoio financeiro do grupo BEI, representativo de cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

Segundo os dados disponíveis, cerca de 20% da atividade total do BEI em Portugal em 2017 foi dedicada ao combate às alterações climáticas, com o financiamento centrado na promoção do crescimento económico sustentável e na modernização de instalações hídricas a totalizar 360 milhões de euros no ano passado, mais 40 % do que em 2016.

A Navigator é um produtor integrado de floresta, pasta e papel, ‘tissue’ e energia, apresentando-se como a terceira maior empresa exportadora em Portugal e “a que gera o maior valor acrescentado nacional”.

A companhia diz representar aproximadamente 1% do PIB nacional, cerca de 3% das exportações nacionais de bens e perto de 6% do total da carga contentorizada exportada pelos portos nacionais, tendo em 2017 registado um volume de negócios de 1,64 mil milhões de euros em 130 países dos cinco continentes, com destaque para a Europa e EUA.

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