No final de uma visita ao Museu da Carris, em Lisboa, na qual esteve acompanhada pelo candidato do BE à Câmara da capital, Ricardo Robles, Catarina Martins foi questionada sobre as negociações do próximo Orçamento, na véspera de uma reunião do partido com o Governo.
Lembrando que as "linhas vermelhas" do BE são públicas - passando pela recuperação de rendimentos, não aumento de impostos de bens essenciais e melhoria dos serviços públicos -, a coordenadora do BE salientou a exigência que "o país tem sobre a atual solução governativa", sobretudo por parte dos que continuam desempregados ou com salários e pensões baixas, apesar do crescimento da economia.
"O Orçamento do Estado é o momento essencial para colocar o crescimento da economia a favor de quem trabalha, de quem trabalhou e de quem quer trabalhar para não permitirmos que o crescimento economia seja a apropriação de riqueza por uns poucos", defendeu.
Questionada se houve avanços por parte do Governo sobre a verba destinada a aumentar a progressividade dos escalões de IRS - inicialmente foi inscrito um valor de 200 milhões de euros no Programa de Estabilidade (PE) -, Catarina Martins mostrou-se otimista.
"O Governo já compreendeu que aquele valor que tinha colocado no PE inicialmente não corresponde à necessidade de maior alivio e justiça fiscal, julgo que o Governo já evoluiu dessa posição inicial e que é preciso ir mais longe", disse.
"Quanto ao mais, as negociações fazem-se à mesa", repetiu, por várias vezes, a líder bloquista.
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