João Oliveira falava a jornalistas à saída de uma reunião com o executivo, no parlamento, a qual considerou o "cumprimento de uma obrigação legal em que o Governo tem de dar conta aos partidos das linhas gerais do orçamento", esclarecendo que não foram abordados "em concreto e em detalhe" temas como descongelamento da progressão de carreiras no setor público e que não estão definitivamente fechados os aumentos das pensões, seguindo várias matérias "em aberto".
"Obviamente, faremos a apreciação da proposta de lei [de OE2018] em toda a sua extensão, com todas as suas implicações, para podermos fazer uma apreciação. Mantém-se exatamente o mesmo que aconteceu nos últimos dois anos. Não há orçamentos aprovados à partida. É do exame comum com que nos comprometemos que resultará o nosso posicionamento", disse.
Contudo, o deputado comunista, acompanhado pelo parlamentar Paulo Sá e o assessor económico Ricardo Oliveira, voltou a reconhecer "avanços" do Governo quanto aos escalões de IRS e ao mínimo de existência e "aproximações" para os aumentos das pensões face às propostas do PCP, após o encontro com o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.
João Oliveira destacou ainda "áreas" sinalizadas pelo PCP e consideradas essenciais e prioritárias em termos de investimento público - saúde, educação, transportes, floresta, habitação, cultura e outros serviços públicos -, remetendo mais pormenores para a entrega do OE2018, na sexta-feira, em virtude de mais reuniões e contactos com o Governo, que têm vindo a acontecer, e vão continuar até sexta-feira.
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