Os pontos na agenda do encontro são os “trabalhos preparatórios da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), na área da administração pública” e “análise do caderno negocial”, segundo fonte oficial das Finanças.

Os dirigentes sindicais esperam que o Governo dê "respostas concretas" sobre o descongelamento das progressões e sobre os aumentos salariais propostos pelos sindicatos, disse a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, à Lusa.

"Já estamos na segunda reunião e não podemos continuar sem uma contraproposta do Governo", acrescentou a sindicalista.

Também o dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, exige conhecer as respostas das Finanças às reivindicações apresentadas pela estrutura sindical.

"Espero que o Governo nos diga que está a acomodar condições para que seja assegurado o pagamento integral das progressões aos trabalhadores que tenham reunido os dez créditos", declarou José Abraão.

Além do descongelamento integral das progressões para todos os trabalhadores do Estado em 2018, os sindicatos avançaram com propostas de aumentos salariais entre 2% e 4%.

Na última reunião, no passado dia 08, o Governo entregou às três estruturas sindicais – FESAP, STE e Frente Comum – o relatório com a estimativa do impacto orçamental das progressões na carreira.

Os dirigentes sindicais disseram aos jornalistas que, durante o encontro, os membros do Governo revelaram que o descongelamento das progressões para todos os funcionários da administração central em 2018 custaria ao Estado 600 milhões de euros.

No Programa de Estabilidade, o Governo prevê gastar 200 milhões de euros para implementar a medida no próximo ano.

As reuniões de hoje no Ministério das Finanças começam às 14h com a FESAP, seguindo-se a Frente Comum às 15h30 e o STE às 17h.

A próxima reunião está agendada para 6 de outubro.