Assunção Cristas afirmou, numa conferência de imprensa, na sede do partido, em Lisboa, que o CDS votará contra o orçamento, mas vai apresentar alternativas, como a redução progressiva dos impostos das empresas, o IRC, além de uma descida de impostos para as empresas no interior do país.

O CDS votará contra, mas quer ser “uma oposição construtiva”, com alternativas, embora a expetativa de as ver aprovadas seja “muito baixa”.

No ano passado, recordou, todas as 91 propostas dos centristas foram chumbadas pela maioria dos partidos de esquerda.

Para Assunção Cristas, este é um “orçamento enganador” no “IRC, no IRS, na gasolina e no gasóleo, nas horas suplementares, nas novas taxas, nas reformas, na eletricidade, nas cativações e nos anúncios sem verba associada”.

Os centristas vão apresentar uma “alternativa diferente e melhor do que a que temos”, depois de “denunciar o que está mal”.

O CDS vai insistir nas reduções do IRC, geral e progressivos para todas as empresas, mas de pelo menos 10% nas regiões do interior, um reforço dos apoios na Ação Social Escolar no ensino superior.

Cristas repetiu que vai voltar a propor a eliminação da sobretaxa do imposto sobre os combustíveis, lembrando que o Governo do PS prometeu “neutralidade fiscal”.

Atacou, ainda, as propostas do executivo quanto à baixa do IVA na eletricidade, dado que “afinal só se aplica à potência contratada de 3kW, que não se aplica à maioria das famílias e empresas”.

E criticou o facto de, em 2018, Portugal já enfrentar a maior carga fiscal, e que “se reforçará em 2019”, além de também dizer que o país “continua cativo das cativações do ministro [das finanças] Mário Centeno”.

Usando uma imagem culinária, a líder centrista afirmou que, neste orçamento, o Governo “apenas se preocupa a cortar o bolo e não a fazê-lo crescer”, apontando a falta de medidas para as empresas.

[Notícia atualizada às 13:54]