"Prevemos que em 2019 haja 13 mil professores que progridam e essa progressão estará associada a uma recuperação do período que foi decidido na sequência da negociação com os sindicatos", ou seja, 2 anos, 9 meses e 18 dias, disse Centeno na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa onde está a ser ouvido no âmbito da proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
Em resposta à deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, o ministro adiantou que o impacto do descongelamento dos professores "é relativamente reduzido" em 2019, tendo um "impacto ao longo dos quatro anos próximo dos 200 milhões de euros".
"Para os professores a decisão que o Governo tomou após negociação com os sindicatos permite a recuperação de uma fatia considerável do tempo" que era exigido pelas estrututuras sindicais, referiu o ministro das Finanças.
Sobre a administração pública, Mário Centeno lembrou o "esforço" que tem sido feito com várias medidas, sublinhando que haverá ainda no próximo ano "mil novas contratações para áreas técnicas", uma medida já anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa.
O ministro defendeu que o "retorno gradual à normalidade" na administração pública tem de ser "responsável" de forma a evitar "solavancos e travagens mais ou menos bruscas no futuro".
"Esta estratégia gradual de implementação das medidas é aquela que justifica a dimensão e a abrangência do aumento salarial que estamos a propor", disse Centeno, referindo-se aos 50 milhões de euros previstos no OE2019.
Segundo adiantou Centeno, a massa salarial, incluindo emprego e remunerações, subiu 11% nos últimos quatro anos na administração pública.
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