António Costa falava na reunião do Grupo Parlamentar do PS, numa intervenção de cerca de 30 minutos em que insistiu também na ideia de que o Orçamento do Estado para 2019 permitirá que os portugueses paguem no seu conjunto menos 1000 milhões de euros em IRS.
"Este é um Orçamento que melhora a vida dos portugueses, desde logo porque vamos pagar menos 1000 milhões de euros em IRS do que o que pagaríamos em 2015", começou por referir o líder socialista, antes de também dizer que, em 2019, vai baixar o custo da energia paga por cada família.
"Vamos fazer dois em um: reduzimos o défice tarifário, que é um problema estrutural, e com essa redução as famílias verão repercutidas na sua conta da luz uma descida de 6%", completou.
Ainda sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019, o secretário-geral referiu-se à medida de redução do preço dos transportes públicos, "um investimento de 83 milhões de euros por ano", mas, também, à política de pensões.
"Depois de muitos anos de congelamento, os mais idosos vão beneficiar pelo segundo ano consecutivo de uma atualização anual e vamos ter pela terceira vez um aumento extraordinário das pensões abaixo dos 654 euros já em janeiro. Asseguramos que os reformados recuperam o poder de compra que tinham antes da data em que foi feito o congelamento", sustentou.
Ou seja, de acordo com António Costa, "os reformados vão recuperar a perda de poder de compra que se acumulou ao longo de vários anos".
Numa intervenção em que também destacou a evolução para o fim das penalizações em longas carreiras contributivas e as medidas para o aumento do abono de família, o líder socialista optou, igualmente, por salientar a política de saúde prevista na proposta de Orçamento para o próximo ano.
"No Serviço Nacional de Saúde haverá um investimento muito significativo, permitindo que, ao longo desta legislatura, teremos reposto integralmente tudo aquilo que na anterior legislatura tinha sido cortado. Vamos poder concluir 113 centros ou extensões de centros de saúde, mais 20 unidades de saúde familiares e arrancamos com o processo de construção de cinco novos hospitais", disse.
No que respeita a aumentos na função pública, o primeiro-ministro voltou a remeter a questão para as negociações com os sindicatos, mas destacou o descongelamento das carreiras.
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