“A Madeira ganhou”, afirmaram os parlamentares sociais-democratas madeirenses numa nota de imprensa divulgada após a aprovação do OE/2020 hoje na Assembleia da República que, em votação final global, contou apenas com os votos favoráveis dos deputados do PS.
O BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre) abstiveram-se, enquanto o PSD, CDS-PP, e os parlamentares da Iniciativa Liberal e do Chega votaram contra a proposta orçamental do Governo.
Os três deputados do PSD madeirenses abstiveram-se na votação na generalidade, furando a indicação da sua bancada parlamentar, porque a proposta orçamental, incluía o financiamento para a construção do novo hospital.
Contudo, fizeram depender a sua posição na votação final da aceitação de algumas das cerca de 50 propostas de alteração que apresentaram.
“Conseguimos fazer aprovar várias propostas que incidem sobre questões da maior importância para os madeirenses e porto-santenses, tendo por base uma estratégia que foi a mais acertada e que resultou numa grande vitória coletiva”, declarou a porta-voz dos três deputados do PSD eleitos pela Madeira, Sara Madruga da Costa, no mesmo documento.
Salientou que esta “vitória” só foi possível “graças ao empenho, à persistência, ao poder negocial” dos três deputados do partido em São Bento, assim como à “qualidade das propostas que “foram defendidas desde a primeira hora e até ao último minuto na Assembleia da República”.
Sara Madruga da Costa opinou que os deputados do PSD/Madeira conseguiram, entre outras medidas preconizadas pela região, “obrigar o Governo da República a avançar já em 2020 com o subsídio social de mobilidade, com o ferry, com a redução dos juros, com o investimento tecnológico e com a regularização profissional dos trabalhadores da RTP/Madeira”.
Também vincou ter ficado inscrito o “apoio financeiro aos regressados da Venezuela, com o passe sub23 para os estudantes universitários da região, a construção de novas esquadras da PSP, a aposentação dos trabalhadores dos matadouros da Madeira, a entrega à região os pagamentos das autarquias locais retidos pela Direção-geral das Autarquias Locais (DGAL)”.
A clarificação do financiamento do novo Hospital da Madeira e a alteração aos limites do endividamento” foram medidas mais destacadas pela deputada.
A parlamentar insular criticou ainda a “atitude do PS na República”, apontando que é um “partido não apresentou propostas de alteração ao Orçamento para resolver os assuntos prioritários da região”.
Complementou que os deputados socialistas da região também “inviabilizaram e colocaram inúmeros obstáculos à maior parte das legítimas pretensões” da Madeira.
Segundo Sara Madruga da Costa, esta é uma atitude “contra a Madeira, o que é lamentável e justifica o voto [do PSD desta região] que não poderia deixar de ser um voto contra”, na votação final global de hoje.
A deputada opinou que o PS “foi o grande derrotado deste Orçamento, porque as propostas da região foram aprovadas e o PS não contou para nada”.
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