"A ferrovia é um instumento promotor da coesão territrial, grande parte dos investimentos que estão a ser feitos são de ligação do litoral com o interior e do interior com o próprio interior, como é o caso da linha da Beira Baixa que estará pronta para ser inaugurada até final deste ano", disse o ministro no parlamento, numa audição no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Questionado pelos deputados sobre a execução do Ferrovia 2020, Pedro Nuno Santos disse que neste momento "75% do Ferrovia 2020 estão em obra ou em contratação para obra", indicando que existem vários investimentos em curso e com obra concluída estão apenas 8%.

"O prazo final para financiamento comunitário é dezembro de 2023 e assim será", garantiu o ministro, indicando que não se registam atrasos novos, pelo que os prazos serão cumpridos e o Ferrovia 2020 será "totalmente executado no final deste prazo".

Segundo Pedro Nuno Santos, "é normal" que no processo de contratação e investimento público haja alguns prazos que possam resvalar mas "na globalidade" os prazos estão a ser cumpridos", acrescentou o ministro.

O Governo prevê ter “tudo em empreitada” no primeiro trimestre de 2021, disse ainda Pedro Nuno Santos.

Sobre o plano nacional ferroviário, previsto no programa do Governo, o ministro disse que o debate será lançado em janeiro e que o executivo espera apresentá-lo no parlamento dentro de um ano "no máximo".

"Janeiro de 2021 é o mês em que vamos dar o arranque para o grande debate nacional" sobre o plano nacional ferroviário, disse o governante.

"Queremos um grande debate nacional que envolva operadores, autarcas, associações empresariais, trabalhadores, para que o país se envolva sobre a rede ferroviária", sublinhou Pedro Nuno Santos.