“Já nos chega a crise sanitária, mais a crise económica, mais a crise social, para que haja uma crise política a acrescentar a isto tudo”, declarou António Costa, falando aos jornalistas após se ter reunido com membros da Comissão Europeia, em Bruxelas.
“E, pelo contrário, o país precisa de ter um Governo e instrumentos financeiros que sejam capazes de responder a esta crise” gerada pela pandemia, defendeu.
Questionado pela imprensa se nesses encontros bilaterais foi abordado um eventual receio de Bruxelas de crise política em Portugal devido à recessão económica, como aconteceu em 2011, o chefe de Governo português disse não ter sentido “essa preocupação”.
“Acho que, relativamente à preparação do orçamento, as negociações [com os partidos] que têm estado a existir não estão concluídas, mas têm estado a correr no bom sentido e num esforço comum para que haja entendimento relativamente à viabilização do orçamento”, acrescentou António Costa.
Acresce que “essa é uma matéria que é pacificamente entendida por toda a gente”, apontou.
“Não se trata só dos assuntos da Europa, trata-se também de gerirmos os nossos próprios recursos e, portanto, não estarmos numa situação tão crítica como esta de mãos atadas ou enfraquecidos nesta gestão, isso não faria qualquer sentido”, adiantou António Costa aos jornalistas.
António Costa, que está em Bruxelas para participar numa cimeira europeia extraordinária entre hoje e sexta-feira, realizou esta manhã encontros bilaterais com os comissários europeus Paolo Gentiloni (Economia) e Elisa Ferreira (Coesão e Reformas), com a vice-presidente da Comissão Europeia Margrethe Vestager .
Esteve, ainda, reunido com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
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