Marcelo Rebelo de Sousa falava no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, em resposta a questões dos jornalistas, no final de um encontro com representantes de 'startups' portuguesas que vão participar na edição deste ano da Web Summit.

O chefe de Estado mostrou-se expectante em relação à evolução do "diálogo entre partidos e Governo" neste período que antecede a votação do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, agendada para a próxima quarta-feira, 27 de outubro.

"Eu continuo a desejar e a esperar que haja uma possibilidade de o Orçamento passar. Vamos ver", afirmou, acrescentando: "Mantenho o mesmo desejo e a mesma expectativa, e vou manter o mesmo desejo e a mesma expectativa até ver os dados deste diálogo em curso entre partidos políticos fora do parlamento ou no quadro do parlamento".

Interrogado se tem falado com líderes partidários, respondeu: "Não, não tenho tido nenhum contacto com partidos neste momento. Eu deixei, depois de ter falado com eles, toda a liberdade e todo o à vontade para os diálogos, que são diálogos por um lado parlamentares e por outro lado partidários".

Questionado se admite ponderar novos prazos para eventuais eleições legislativas antecipadas em caso de chumbo do Orçamento do Estado, tendo em conta o processo eleitoral interno no PSD, Marcelo Rebelo de Sousa recusou falar agora nesse cenário.

"Eu funciono na base do cenário de que não há chumbo do Orçamento. Portanto, não estou a funcionar, nem mesmo especulativamente, na base de outro cenário. Tenho só um cenário na cabeça", declarou.

Em 13 de outubro, quando avisou que um chumbo do Orçamento para 2022 "muito provavelmente" conduziria à dissolução do parlamento, o Presidente da República estimou que as eleições legislativas antecipadas se realizariam em janeiro, que o novo Governo tomaria posse em fevereiro e que só em abril haveria Orçamento, o que conduziria a "seis meses de paragem na vida nacional".

Na noite de 14 de outubro, o Conselho Nacional do PSD marcou diretas para 04 de dezembro e Congresso para entre 14 e 16 de janeiro.

No dia seguinte, o social-democrata Paulo Rangel apresentou formalmente a sua candidatura às diretas para a liderança do PSD e contrapôs que "nunca haverá eleições em janeiro", defendendo mais tarde que "o normal" em caso de crise política será haver legislativas em fevereiro ou em março.

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