Helena Rodrigues falava aos jornalistas no final de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, sobre a negociação salarial anual e as medidas a integrar na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
"[Na reunião] passámos em revista aquela que foi a contraproposta apresentada pelo Governo, sabemos que eventualmente, na próxima sexta-feira, a última reunião deste processo, haverá uma nova proposta", afirmou a presidente do STE, acrescentando que está a ser feito "um compasso de espera entre aquilo que possa ser decidido noutros fóruns e aquilo que o Governo poderá acompanhar depois para a administração pública".
O STE defende que a tabela remuneratória "tenha uma atualização da sua base", mas sublinhou a necessidade de "todas as outras terem a mesma atualização".
"Não pode haver compressão dos valores acima da base remuneratória, sob pena de estarmos a continuar a perder salário", defendeu Helena Rodrigues.
A base remuneratória da administração pública é atualmente de 769,20 euros, enquanto o salário mínimo nacional, que é decidido em Concertação Social, é de 760 euros.
Na primeira reunião com as estruturas sindicais da função pública, na semana passada, o Governo manteve a sua proposta de uma subida equivalente a um nível remuneratório, o que corresponde a aumentos entre 6,8% na base remuneratória e 2% para os salários mais altos (um aumento de cerca de 52 euros), tal como estava previsto no acordo plurianual assinado há um ano.
Porém, as estruturas sindicais exigem aumentos superiores aos que estão no acordo assinado em outubro do ano passado entre o Governo e as estruturas sindicais da UGT, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
O STE reivindica um aumento superior a 5% no próximo ano, tendo em conta a evolução da inflação e o custo de vida.
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