A porta-voz confirmou assim a declaração de Laurent Abadie, diretor-geral da Panasonic Europe, ao jornal económico Nikkei.

A empresa receia que o Japão considere o Reino Unido um paraíso fiscal após o Brexit, caso Londres decida reduzir fortemente os impostos sobre as empresas para mantê-las no seu território, disse a porta-voz.

Neste caso, a Panasonic teria que prestar contas às autoridades japonesas.

"Analisávamos há 15 meses a possibilidade de uma mudança", precisou Abadie em declarações ao jornal Nikkei.

O medo de obstáculos para o trânsito de pessoas e mercadorias com o Brexit também pesou na decisão.

Dos cerca de 20 funcionários que trabalham na sede da Panasonic de Londres, pelo menos a metade vão mudar-se. Todavia, os funcionários encarregados das relações com os investidores ficarão na capital britânica, segundo o jornal.

A decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia levou várias empresas japonesas, como Mitsubishi UFJ Financial Group, Sumitomo Mitsui Financial Group, Nomura Holdings e Daiwa Securities a retirar as suas principais instalações europeias de Londres.