“Esta antecipação vai permitir poupar 80 milhões de euros”, afirmou Mourinho Félix aos jornalistas, num seminário sobre financiamento especializado promovido pela Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), em Lisboa.
O secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças acrescentou que o reembolso antecipado vai contribuir para reduzir a despesa com juros em 2017 e as necessidades de financiamento em 2018 e 2019.
Em comunicado enviado pelo gabinete do ministro das Finanças lê-se que o valor deste pagamento totaliza cerca de 2,068 mil milhões de euros e foi realizado em duas tranches, com data-valor de 21 e 22 de novembro, representando 11% do empréstimo remanescente do FMI a Portugal (equivalente a cerca de 18,853 mil milhões de euros).
Até à data, segundo o gabinete de Mário Centeno, já foi amortizado antecipadamente 42,6% do empréstimo total inicial.
A poupança estimada de juros, até à maturidade, das presentes tranches é de 41 milhões de euros, acrescenta o comunicado, explicando que para este cálculo, assumiu-se a comparação entre o custo médio de financiamento observado este ano e o custo implícito nas tranches agora pagas.
Este reembolso antecipado insere-se no Programa de Financiamento da República Portuguesa para o ano de 2016 e beneficiou da implementação do plano de emissão de obrigações do tesouro “em linha com o planeado, assim como do financiamento obtido no âmbito do programa de emissão de obrigações do tesouro de rendimento variável, iniciado em 2016”.
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