A questão da energia, com as dificuldades que os países europeus enfrentam neste campo, devido à guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia, e a desejada transição para energias mais limpas, ocupou boa parte de uma reunião em Lisboa de João Gomes Cravinho e Wopke Hoekstra.
Na conferência de imprensa final, o ministro português disse que tinha acolhido uma proposta apresentada pelo seu homólogo dos Países Baixos para a realização de uma conferência entre os portos dos dois países “sobre a forma como podem enfrentar novos desafios energéticos”.
“Dedicámos algum tempo a discutir o que mais podemos fazer em termos de energia, nomeadamente novas energias, hidrogénio (…) e analisámos os papéis dos nossos portos, em particular os de Sines e Roterdão”, declarou Gomes Cravinho, anunciando de seguida que considerou “excelente” a proposta holandesa.
O ministro holandês, por seu turno, afirmou que “há espaço” para os dois portos “fazerem mais em conjunto” em termos de fornecer energia aos respetivos países mas também “mais amplamente na transição energética e nas relações comerciais”.
“Naturalmente, cabe aos responsáveis dos nossos portos, de outros ministérios e empresários fazê-lo connosco e explorar quais são realmente as oportunidades”, salvaguardou Wopke Hoekstra.
Os chefes de diplomacia de Portugal e da Holanda sublinharam a “forte convergência de pontos de vista sobre muitas questões” no final de uma reunião em que analisaram aspetos da relação bilateral e assuntos que dominam a atualidade internacional com destaque para a situação na Ucrânia.
“Há uma comunhão de pontos de vista entre Portugal e os Países Baixos sobre como apoiar a Ucrânia a defender-se da invasão ilegal e injustificada da Rússia”, disse o ministro português.
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