De acordo com a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, abril “foi excelente” para a hotelaria nacional, pelo facto de ser já um mês de “maior procura” e devido ao efeito Páscoa.
Nesse sentido, o preço médio por quarto disponível na hotelaria nacional (RevPar) aumentou 30% em abril, quando comparado com o mesmo mês de 2016, sendo que o Minho, Coimbra e Viseu lideraram com subidas de mais de 49%, 46% e 40%, respetivamente.
A taxa de ocupação por quarto, por sua vez, subiu em abril 8 pontos percentuais, para 76%, face a igual mês do ano passado, refere a AHP em comunicado.
Se a taxa de ocupação hoteleira no país em abril continuou a ser liderada pela Madeira e Lisboa, ao ultrapassarem os 85%, pela mesma ordem e com o Grande Porto a fixar-se nos 83%, o Minho, Coimbra e o Alentejo apresentaram os crescimentos homólogo “mais robustos”, puxados pelas miniférias da Páscoa e os feriados do 25 de abril e 1 de maio, apoiados também no turismo interno e espanhol.
As unidades hoteleiras de quatro estrelas mantiveram em abril o pódio com uma subida de 9,6 pontos percentuais, face a idêntico mês do ano passado, refletindo uma taxa de ocupação de 79%.
O preço médio por quarto ocupado (ARR), por sua vez, fixou-se nos 84 euros, uma subida de 17% em termos homólogos, segundo a AHP, que destaca o crescimento de 20% nas unidades hoteleiras de 4 estrelas e de 15% nas unidades hoteleiras de 5 estrelas.
Os destinos turísticos do Oeste, Algarve e Açores, foram os que maiores acréscimos registaram com 25%, 20% e 19%, pela mesma ordem.
A receita média por turista no hotel foi outro dos indicadores que registou em abril “uma significativa subida”, de 6% face a igual mês de 2016.
Os destinos insulares destacaram-se tanto em valores absolutos, com a Madeira a obter uma receita média de 290 euros, como em valores relativos, com os Açores a crescerem mais 12% que em idêntico mês do ano passado.
Até abril, verificou-se “um bom arranque de ano”, com destaque para o RevPAR que tem crescido sempre a dois dígitos.
Segundo Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, “o mês de abril foi realmente muito forte para os hotéis portugueses. Já era, tradicionalmente um bom mês, mas este ano superou todas as expectativas”.
E prosseguiu: “Este crescimento espantoso em todos os indicadores não é alheio ao efeito Páscoa. Há destinos, como o Minho e o Alentejo, em que se percebe que esse fator foi decisivo”.
Assim, numa análise aos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o período homólogo e antevendo crescimento análogo para o resto do ano, a AHP perspetiva 2017 com sendo “o melhor ano de sempre” para a hotelaria nacional.
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