Há uma semana, numa cimeira europeia em Gotemburgo, na Suécia, o primeiro-ministro, António Costa, manteve a incógnita em torno da eventual candidatura do ministro das Finanças à presidência do Eurogrupo, afirmando que a decisão pode ser tomada até 30 de novembro e será tomada "no momento próprio".
Hoje, em declarações aos jornalistas no bairro da Cova da Moura, na Amadora, Marcelo Rebelo de Sousa pareceu dar como certo que Mário Centeno será candidato, considerando que "é um grande nome" e que "a candidatura é, de facto, é uma candidatura forte".
"Agora, qual será o resultado, vamos ver. Vamos ver. Eu não gosto de elevar expectativas. Eu tenho uma posição na vida que é baixar expectativas. E, depois, se corre bem, grande alegria", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa insistiu na ideia de que "quem eleva muito as expectativas, depois tem desilusões", aconselhando: "Devemos dispensar desilusões. A vida já é tão complicada que não vale a pena elevar muito as expectativas".
Questionado sobre a decisão do Governo de mudar para o Porto o Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, chefe de Estado voltou a recusar falar deste tema, mas informou que encarregou uma assessora sua de receber uma delegação de trabalhadores deste instituto público.
"Eu tinha recebido, por um lado, documentação, e por um lado pedido de audiência, e disse a uma das assessoras para receber - não sei se é hoje, se é segunda-feira - uma delegação de trabalhadores. Mas é uma questão administrativa", disse.
Interrogado se compreende as preocupações dos trabalhadores, retorquiu: "Não me pronuncio. É uma questão administrativa. É da competência do Governo. Não há nenhuma lei enviada ao Presidente da República".
Quanto à candidatura do Porto à sede da Agência Europeia de Medicamentos, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "o Governo e a Câmara do Porto fizeram o possível e o impossível" e que nestes processos há "muito voto tático, à última da hora".
"Isto é, até ao último minuto há uma dose de imprevisibilidade muito grande, porque se trata de decisões entre vários estados, num contexto complexo. Portanto, não vale a pena estar a fazer previsões", argumentou.
[Notícia atualizada às 15:47]
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