Lembrando que, tal como o primeiro-ministro já referiu, nomeadamente durante o período eleitoral, o novo Governo vai apresentar no parlamento uma proposta de Orçamento do Estado em linha com a que havia apresentado em outubro (e que foi chumbada), o ministro das Finanças afirmou que desde então se tem estado a “preparar e a atualizar o Orçamento do Estado” para que o executivo “esteja em condições” de o apresentar na Assembleia da República “em tempo recorde”.

As atualizações em causa têm a ver nomeadamente com a revisão do cenário macroeconómico e “as revisões que devam ser feitas dado o tempo que passou” desde que em outubro foi entregue a proposta inicial do OE2022.

A rapidez no processo, referiu o ainda titular da pasta das Finanças – cargo que vai ser assumido por Fernando Medina no novo executivo –, “é muito importante para o país”, uma vez que devido “às circunstâncias que provocaram eleições” este vai ser o OE a ser entregue mais tarde.

Questionado sobre quanto tempo poderá ser necessário para que a nova proposta seja apresentada, João Leão referiu que essa é uma decisão que caberá ao próximo Governo, assinalando que a indicação que existe é “que a intenção é de apresentar logo nas primeiras semanas depois da tomada de posse”.

Sobre a sua passagem pelo Governo, João Leão afirmou ter sido “uma experiencia muito enriquecedora”, mas igualmente uma experiência que implica muitos sacrifícios pessoais, sendo “natural” haver vontade de “iniciar uma nova fase”.

Nesta conferência de imprensa, realizada após o Instituto Nacional e Estatística (INE) ter divulgado que o défice das Administrações Públicas caiu para 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, inferior à meta do Governo, João Leão disse ainda ter ficado muito satisfeito por Fernando Medina ser o próximo ministro das Finanças.