Em 2016, o PS tinha conseguido abater 942 mil euros ao passivo, que nesse ano foi de 20,7 ME, mas nas contas partidárias relativas a 2017 o passivo agravou-se para 25,6 milhões de euros.

No documento, destaca-se a quantia de 9,6 milhões de euros na rubrica “financiamentos obtidos” (superior aos 5,4 milhões de euros declarados na mesma categoria no ano anterior), explicada como “financiamento da campanha eleitoral autárquica de 2017″.

Pelo segundo ano consecutivo, o PS declarou um resultado líquido positivo, que em 2017 atingiu os 727.463 mil euros.

Pela primeira vez, o PS não obteve um cêntimo em angariações de fundos para o partido, depois de o ano passado ter recolhido um valor reduzido, de 777 euros.

No âmbito da campanha eleitoral autárquica, o PS conseguiu 177 euros em angariações de fundos e declarou um prejuízo de 243 mil euros.

As contas entregues pelo PSD confirmam os dados já divulgados no passado mês de maio: o prejuízo do PSD agravou-se em 2017, para 2,48 milhões de euros, face a um prejuízo de 1,8 ME em 2016.

O PSD declarou 12,7 milhões de euros de gastos nas eleições autárquicas do ano passado, para as quais recebeu 8,5 milhões de euros de subvenção eleitoral.

O passivo do partido aumentou de 8,4 milhões de euros em 2016 para 14,4 milhões de euros em 2017, destacando-se um montante de 4,9 milhões de euros na rubrica “fornecedores” das eleições autárquicas do ano passado.

Com um passivo de um milhão de euros, o CDS-PP apresentou um resultado negativo de 377 mil euros, agravado em cem mil euros face a 2016. Os gastos com as eleições autárquicas representaram a maior fatia na rubrica de despesas, atingindo os 2,6 milhões de euros.

De acordo com o quadro entregue na Entidade das Contas, o passivo do PCP aumentou de 1,9 milhões de euros para 6,3 milhões, revelando quatro milhões de euros de “outras contas a pagar” e um milhão de dívida a fornecedores.

O PCP terminou 2017 com um resultado positivo de 268 mil euros, melhorando os resultados face a 2016, ano em que declarou um prejuízo de 247 mil euros.

As contas entregues pelo BE mostram um resultado positivo de 492 mil euros. Nas despesas, o BE declarou 1,4 milhões de euros com gastos da campanha eleitoral autárquica.

Com um passivo de 182 mil euros, o BE apresentou “contas a pagar” de cem mil euros, dívidas a fornecedores de 39 mil euros e “financiamentos obtidos” no valor de 17 mil euros.

Como rendimentos, o BE declarou a subvenção pública anual de 1,5 milhões de euros, 142 mil euros de contribuições de candidatos e eleitos e 62 mil euros em quotas e outras contribuições de filiados. Em angariações de fundos para a campanha eleitoral conseguiu 58 mil euros.

O PEV duplicou o prejuízo, para 16.763 euros, face aos 8.500 euros de resultado negativo que tinha apresentado em 2016.

Os fornecimentos e serviços externos representaram 117 mil, diminuindo face a 2016 e os gastos com pessoal aumentaram, de 32 mil para 38 mil euros. Com uma subvenção pública de 148 mil euros, o PEV obteve menos contribuições de candidatos e representantes eleitos, 31 mil euros face a 46 mil euros em 2016.

Por outro lado, conseguiu aumentar as quotas e outras contribuições de filiados, de cerca de cinco mil euros para nove mil euros em 2017.

O PAN declarou um resultado positivo de 29 mil euros, menos cerca de nove mil euros do que o resultado consolidado de 2016. Com uma subvenção pública de 213 mil euros, o PAN, que elegeu um único deputado nas eleições legislativas de 2015, obteve cerca de 13 mil euros em quotas e contribuições de filiados e 814 euros em donativos.

No capítulo dos gastos, destacam-se 96 mil euros registadas em “gastos com o pessoal” e 85 mil euros em “fornecimentos e serviços externos”. O partido gastou 109 mil euros com a campanha eleitoral autárquica.

Dos 22 partidos políticos registados no Tribunal Constitucional, três não entregaram contas: o Partido Democrático Republicano, o Partido Cidadania e Democracia Cristã, o Partido Liberal Democrata.