Em comunicado, a Renault justificou as perdas históricas com os resultados do parceiro japonês Nissan, responsável por mais de metade dos prejuízos (4,9 mil milhões de euros), e com a crise sanitária provocada pela pandemia da covid-19, que afetou gravemente o setor.
No ano passado, as vendas da Renault caíram 21,3%, com menos três milhões de veículos vendidos.
No primeiro semestre de 2020, o grupo tinha registado perdas históricas de 7,3 mil milhões de euros.
Já no segundo semestre, o construtor francês diminuiu os prejuízos para 660 milhões de euros, com o volume de negócios a registar uma queda de 8,9%, mas as perspetivas de recuperação em 2021 são incertas.
“O ano de 2021 vai ser difícil, com as incertezas associadas à crise sanitária e ao aprovisionamento de componentes eletrónicos”, indicou o diretor-geral da Renault, Luca de Meo, citado no comunicado.
O grupo, já em dificuldades antes da pandemia da covid-19, tinha anunciado no final de maio de 2020 a supressão de 15 mil postos de trabalho em todo o mundo, 4.600 dos quais em França, uma medida para reduzir custos em dois mil milhões de euros.
No verão de 2020, Luca de Meo anunciou novos cortes orçamentais, com o objetivo de poupar 2,5 mil milhões de euros até 2023 e três mil milhões até 2025.
O fabricante automóvel indicou que não faria qualquer previsão de resultados financeiros para 2021, tendo em conta as incertezas ligadas à pandemia da covid-19.
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