Sediada em Dublin, a Ryanair informou hoje, em comunicado, que o seu tráfego aéreo cresceu “fortemente”, aumentando 74%, para 168,6 milhões de passageiros, ao mesmo tempo que registou uma recuperação significativa nas receitas graças aos avanços nos seus três principais mercados: Itália, Espanha e Reino Unido.
Neste contexto, a faturação total da Ryanair aumentou 124%, para 10.780 milhões de euros, enquanto as receitas acessórias cresceram 78%, para 3.844 milhões de euros, com um custo médio por passageiro de 23 euros em serviços como o embarque prioritário, o consumo a bordo ou a reserva de lugar.
A companhia aérea líder na Europa no setor dos voos ‘lowcost’ destacou ainda que o aumento do lucro foi impulsionado pela sua “vantajosa” política de combustível e adiantou que tem as suas necessidades cobertas para este ano, depois de adquirir antecipadamente 85% a um preço de 89 dólares por barril.
A Ryanair recordou igualmente que no ano fiscal que terminou no final de março abriu cinco novas bases operacionais e 300 rotas adicionais no continente europeu, o que, juntamente com o recente anúncio de compra de até 300 aeronaves Boeing 737 MAX, a maior encomenda da sua história, levou a empresa a definir uma meta de 300 milhões de passageiros por ano para o ano fiscal de 2034.
Do volume de negócios global, a companhia destacou que o mercado italiano contribuiu com 2.364 milhões de euros, mais 98%, seguido do espanhol, com 1.883 milhões, e do britânico, com 1.589 milhões de euros, representando aumentos de 115% e 99%, respetivamente.
“A nossa crescente vantagem de custo unitário sobre todos os concorrentes, a cobertura de combustível, o balanço sólido e a carteira de encomendas de aeronaves de custo muito baixo, bem como a nossa resiliência operacional comprovada, criam enormes oportunidades de crescimento para a Ryanair nos próximos anos”, disse o diretor executivo da empresa, Michael O’Leary, no comunicado.
O gestor estima que o tráfego de passageiros poderá aumentar para 185 milhões por ano, embora tenha alertado que os “recentes atrasos” na entrega de novos aviões por parte da fabricante norte-americana poderão “baixar ligeiramente” essa meta de crescimento.
O’Leary disse ainda que a companhia aérea está “cautelosamente otimista” sobre as receitas deste ano fiscal, embora esteja confiante de que “crescerá o suficiente” para atender à fatura do combustível e “gerar um aumento modesto nos lucros”.
“Esta previsão continua altamente dependente da possibilidade de surgirem eventos adversos durante o ano fiscal de 2024, como a guerra na Ucrânia ou atrasos adicionais e repetidos nas entregas da Boeing”, acrescentou o responsável.
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