Na terça-feira, Bruxelas “chumbou” o orçamento italiano provocando de imediato críticas por parte do governo de Roma.

“De Bruxelas até podem mandar 12 cartas, os orçamentos não vão mudar”, disse Salvini à estação de rádio Rtl.

“Estamos aqui para melhorar a vida dos italianos, a mim parece-me um ataque com preconceitos (…) É um ataque à economia italiana porque alguém quer comprar as nossas ações a baixo custo”, acrescentou.

“Todos os orçamentos que passaram por Bruxelas nos últimos anos aumentaram a dívida italiana em 300.000 milhões de euros”, afirmou Salvini na mesma entrevista em que defendeu a estratégia do governo sobre o aumento dos gastos no setor público como forma de promover o crescimento.

A Itália elaborou objetivos para 2019 que preveem um défice de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), uma dívida de 130% e um crescimento de 1,5%.

Os números preocupam a Comissão Europeia que considera que os números sobre o crescimento são demasiado otimistas o que pode provocar o “risco” de aumento do défice da dívida.

Salvini afirmou que “segundo as previsões de Bruxelas” a Itália vai crescer 0,9%, mas, de acordo com o ministro, o governo italiano vai conseguir um crescimento maior.

“Como se paga a dívida com um crescimento de 0,9%? Nós propomos uma receita diferente porque apostamos no crescimento de Itália”, sublinhou.