Esta operação surge na sequência da compra pelo Santander do Banco Popular pelo preço simbólico de um euro, no âmbito da resolução deste, e que foi hoje aprovada pela Comissão Europeia.

De acordo com a comunicação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o negócio passa pela criação de uma sociedade para a qual são passados 30.000 milhões de euros de ativos imobiliários do Popular e 100% do capital da Aliseda, a filial que juntava património imobiliário do Popular.

O negócio passa pela criação de uma sociedade que fica a pertencer em 51% à Blackstone, que ficará na sua gestão, e em 49% ao Santander.

O Santander estima que a operação tenha um impacto positivo no rácio de solvabilidade CET 1 de 12 pontos básicos, com as regras de contabilização deste rácio totalmente implementadas, e a recuperação de 5 pontos base que tinham sido consumidos pela compra da Aliseda pelo Banco Popular.

Em declarações citadas pela EFE, o presidente do espanhol Santander, Rodrigo Echenique, considerou que a operação de venda permite ao banco centrar-se na atividade comercial e “é um passo importante para a integração do Popular no Santander”.

O Santander espera ter a operação concluída no primeiro trimestre de 2018, após obtidas as necessárias autorizações dos reguladores.

Em 6 de junho, o Banco Central Europeu (BCE) decretou que o Banco Popular não era viável e determinou a sua resolução, tendo em 7 de junho a Comissão Europeia dado a ‘luz verde’ ao plano de resolução, considerando que se enquadrava no regulamento do Mecanismo Único de Resolução.

O Santander acordou então comprar o Banco Popular pelo preço simbólico de um euro.

Para permitir a compra, o Conselho de Administração do Banco Santander concordou com um aumento de capital de 7 mil milhões de euros, que garantirão o capital e as provisões necessários para que o Banco Popular possa operar com normalidade.

Apesar de os depositantes ficarem protegidos nesta operação, acionistas e detentores de dívida perdem o investimento, o que abriu já a porta a processos judiciais.

Esta operação tem impacto em Portugal, uma vez que o Santander Totta irá integrar a operação do Banco Popular Portugal, nomeadamente os seus 1.000 trabalhadores.

Na semana passada, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais, o presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, disse que o Santander Totta ainda está “limitado” na sua intervenção junto do Popular porque faltavam autorizações formais.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.