Numa carta aberta, publicada esta segunda-feira, 8 de agosto, o staff do Banco Mundial, exige “uma discussão séria para a implementação de um novo processo de seleção do individuo que irá liderar [o Banco Mundial] nos próximos cinco anos”.

"Defendemos os princípios da boa governança, transparência, diversidade, competência internacional e de seleção com base no mérito. Infelizmente, nenhum desses princípios foi aplicado na nomeação de presidentes anteriores do Banco Mundial", afirma a associação que representa cerca de 9 mil dos mais de 15 mil funcionários do Banco, no documento.

No centro da polémica está a regra implícita de que cabe aos europeus a nomeação da presidência do Fundo Monetário Internacional (FMI) e aos norte-americanos a escolha do líder do Banco Mundial (BM).

"Aceitámos durante décadas acordos secretos que culminaram, em 12 ocasiões consecutivas, na nomeação de um americano. E isso deve mudar", diz a associação.

Nesse sentido, a associação exige um “processo de seleção baseado no mérito, sustentado numa competição internacional aberta e transparente”.

Jim Yong Kim, médico e presidente em funções do BM desde 2012, nasceu na Coreia do Sul, mas viajou para os EUA ainda em criança adquirindo posteriormente a cidadania norte-americana.

Escreve o Financial Times que o seu mandato tem vindo a ser criticado devido a uma dura restruturação que colocou em curso.

O mandato de Jim Yong Kim termina em junho do próximo ano e, não sendo ainda oficial a sua recandidatura, o responsável é já apontado por diversos países, entre eles, os EUA, a China e a Alemanha, escreve o Wall Street Journal. A direção do Banco Mundial voltará ao tema da sucessão após a pausa de agosto, adianta a mesma publicação.