A versão atualizada do estudo “Relevância e Impacto do Setor dos Resíduos em Portugal na Perspetiva de uma Economia Circular”, promovido pela Associação Smart Waste Portugal e realizado por um grupo liderado pelo economista Augusto Mateus, retrata esta área de atividade e volta a referir as expectativas para o seu desenvolvimento até 2030.
Àquela produção adicional na economia corresponde, segundo o estudo, um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de dois mil milhões de euros e cerca de 43 mil postos de trabalho, além de requerer um acréscimo de importações de cerca de 284 milhões de euros.
O documento refere estatísticas oficiais, apesar de os autores apontarem que a sua “robustez é discutível”, para dizer que em 2016, a economia portuguesa gerou cerca de 14,8 milhões de toneladas de lixo, dos quais 4,9 milhões de resíduos urbanos.
Do total de resíduos produzidos, foram valorizados 71%, equivalentes a 10,6 milhões de toneladas.
Apenas metade do total de resíduos urbanos ou equiparados são sujeitos a valorização, “embora a última década se tenha caracterizado por um aumento” deste tipo de tratamento, quando em 2004, era 34,8%, segundo o estudo.
A recolha seletiva – de papel e cartão, plástico, metal e vidro, mas também de resíduos urbanos biodegradáveis – corresponde a 15,9% do total do lixo urbano, “não obstante ter aumentado em anos recentes”, acrescenta.
“O peso da deposição em aterro no panorama nacional ainda é muito elevado, pelo que este é visto como uma oportunidade e uma imposição na mudança de paradigma, tendo as empresas um papel muito relevante nesta transição”, acrescentam os autores do trabalho.
Em 2016, o setor dos resíduos em Portugal era formado por 2.542 entidades, que empregavam cerca de 25 mil trabalhadores e faturavam quase 2,5 mil milhões de euros.
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