O grupo pretende simplificar a sua estrutura e “alinhar a residência fiscal com o país onde está registado, o Reino Unido”, para onde deslocaria também os seus órgãos sociais, segundo um comunicado.
O Governo neerlandês reagiu de imediato declarando-se “desagradavelmente surpreendido. O Governo lamenta profundamente” este anúncio do grupo, declarou o ministro dos Assuntos Económicos, Stef Blok, no Twitter.
Royal Dutch pode desaparecer do nome pela primeira vez em 130 anos.
“Estamos em conversações com a Shell sobre as implicações dessa transferência em termos de emprego, de decisão em investimentos estratégicos e de sustentabilidade”, acrescentou Blok.
Os acionistas devem pronunciar-se no dia 10 de dezembro, numa assembleia-geral em Roterdão, Países Baixos, sobre as modificações propostas, incluindo a criação de uma série única de ações, quando atualmente existem duas classes, A e B.
Um porta-voz do grupo, contactado pela AFP, precisou que os acionistas vão pronunciar-se também sobre o fim da obrigação de ter sede nos Países Baixos, o que pode permitir a transferência para o Reino Unido.
Trata-se de “simplificar a estrutura acionista” para “reforçar a competitividade da Shell”, beneficiando os acionistas e os objetivos ambientais da Shell, afirmou a empresa, precisando que as suas ações permanecerão cotadas em Amesterdão, Londres e Nova Iorque.
“A Shell orgulha-se da sua herança anglo-holandesa e vai continuar a ser um empregador importante e a manter uma presença importante nos Países Baixos”, garantiu o grupo em comunicado.
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