A presidente da Sonangol, Isabel dos Santos, acredita que o preço do barril de petróleo deverá ficar entre os 45 e os 50 dólares em 2017, para dentro de três ou quatro anos aumentar devido à redução da oferta.
“Tem havido menos exploração de petróleo – muitas empresas pararam - o que significa que, a longo prazo, os 'stocks' de petróleo vão diminuir, por isso vamos ter menos petróleo e os preços vão subir", disse Isabel dos Santos em entrevista ao canal CNBC Itália.
"Para o próximo ano vamos ter um valor entre os 45 e os 50 dólares, mas em três a quatro anos vamos sentir as repercussões do menor investimento”, declarou a presidente do Conselho de Administração da Sonangol, a petrolífera estatal de Angola.
Na entrevista à margem da sua participação no 'The European House - Ambrosetti Forum', em Itália, a empresária e filha do chefe de Estado angolano considerou que, "a longo prazo, a previsão para os preços do petróleo é muito positiva".
Angola é o maior produtor de petróleo em África, com 1,7 milhões de barris por dia, mas enfrenta uma profunda crise financeira e económica devido à quebra na cotação do barril de crude no mercado internacional.
Ainda sobre o mandato na Sonangol, Isabel dos Santos elencou como objetivos melhorar a eficiência da empresa estatal, através de uma redução dos custos de produção para aumentar o retorno para o acionista, o Estado.
“Estamos a reestruturar o nosso negócio e a analisar as melhores formas de diminuir os custos operacionais”, disse, revelando os esforços que estão a ser conduzidos para encontrar formas de reduzir os custos de exploração de petróleo e aumentar as margens de lucro.
Na entrevista ao canal italiano, Isabel dos Santos explicou que a Sonangol negociou contratos com os fornecedores, adiantando que neste momento produzir um "barril de petróleo custa menos de 12 dólares".
Isabel dos Santos assumiu em junho a presidência do Conselho de Administração da petrolífera estatal Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).
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