Os trabalhadores da Transtejo param hoje e domingo, pela reposição do poder de compra e valorização dos salários, enquanto os das Soflusa param no domingo e na segunda-feira.

Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), esta é a resposta dos trabalhadores à proposta da administração, sob orientações do Governo, de 0,9% de aumentos salariais quando se verifica um aumento do custo de vida e quando a inflação se situa nos 7,2%.

A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa, sendo a Transtejo responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Além da questão salarial, os trabalhadores da Soflusa exigem também a contratação de trabalhadores.

Segundo Carlos Costa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Fluviais, a empresa precisa de mais 13 maquinistas.

“A Soflusa precisa de 13 maquinistas para completar as 34 tripulações que tem, porque só tem 11 maquinistas neste momento”, explicou.

Segundo o sindicalista, uma tripulação é composta por um maquinista, um mestre e dois marinheiros.

Carlos Costa revelou ainda à Lusa que, desde fevereiro e até agora, os constrangimentos por falta de trabalhadores já levaram “à supressão de 900 carreiras, numa média de 20 por dia”.