“Nem é tanto a redução do défice [que é uma boa notícia], é o facto dos números da execução orçamental até julho darem uma subida de receitas, que vem confirmar a minha leitura", disse à Lusa, explicando que a sua leitura "era a de que houve uma antecipação de reembolsos em matéria de IRS a pensar naturalmente na situação dos portugueses e na necessidade dos portugueses".
O chefe de Estado falava aos jornalistas em Vilar Formoso, Almeida, no distrito da Guarda, à margem da inauguração do Polo Museológico "Vilar Formoso Fronteira da Paz - Memorial aos Refugiados e ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes", construído junto da estação de caminho-de-ferro de Vilar Formoso.
"Agora o faseamento dos reembolsos explica porque é que há uma subida de receitas em particular do IRS. E, portanto, tudo parece indicar que o valor previsto para o défice vai ser cumprido no final do ano", concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.
O défice totalizou 3.763 milhões de euros até julho, um recuo de 1.153 milhões de euros face a 2016, graças ao aumento "expressivo" da receita de 3,2% e de uma "estabilização" da despesa, segundo as Finanças.
Numa nota à imprensa que antecipa a divulgação pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), o gabinete tutelado por Mário Centeno realçou que a "execução [orçamental] até julho permite antecipar o cumprimento dos objetivos orçamentais de 2017".
De acordo com o Ministério das Finanças, "a evolução do défice resultou do aumento expressivo da receita de 3,2% e de um acréscimo da despesa de 0,5%", e o "excedente primário ascendeu a 1.726 milhões de euros, aumentando 1.377 milhões de euros".
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