A Autoestrada do Marão concluiu o prolongamento da A4 de Amarante a Vila Real, inclui um túnel rodoviário de 5,6 quilómetros e abriu ao trânsito a 08 de maio de 2016, aproximando o Interior do país do Litoral.
Segundo dados fornecidos à agência Lusa pela IP, desde a sua inauguração, mais de 3,85 milhões veículos atravessaram o maior túnel rodoviário da Península Ibérica (5,6 quilómetros).
Deste total, cerca de 12% corresponde ao tráfego de pesados.
De acordo com a fonte, as receitas de portagem nesta autoestrada, entre maio de 2016 e abril de 2017, ascendem aos 7,5 milhões de euros.
Neste primeiro ano de funcionamento notou-se uma transferência do tráfego do Itinerário Principal 4 (IP4) para a nova autoestrada, mas esta captou também trânsito de outras vias, como das autoestradas A24 ou A7.
Por exemplo, verificou-se uma redução de cerca de 75% de tráfego no troço do IP4 Vila Real/Parada de Cunhos.
Estes valores, para a IP, “demonstram que o Túnel do Marão não é uma alternativa ao IP4 mas sim o percurso preferencial dos automobilistas”.
O Túnel do Marão é considerado “um marco” por utentes e empresários transmontanos, que têm nesta autoestrada a principal opção para as deslocações entre o Interior e o Litoral.
Jorge Santos, da transportadora Rodonorte, fez um “balanço positivo” deste primeiro ano de Túnel do Marão, essencialmente porque “o tempo de viagem diminuiu” e a “viagem é também mais cómoda para os passageiros”.
Apesar de os autocarros terem passado a consumir menos combustível, já que a A4 permite evitar a subida à serra do Marão pelo IP4, segundo o responsável, o preço do combustível subiu neste último ano.
Jorge Santos referiu ainda que a empresa passou a gastar cerca de 80 mil euros, por ano, com as portagens, mas considerou que, no caso do túnel, este “custo compensa pela comodidade que é proporcionada” aos passageiros.
Por apurar, segundo o responsável, estão os custos com a manutenção dos autocarros.
“Como o túnel ainda é uma obra recente, tem um ano, ainda não conseguimos medir esse impacto, mas admitimos que, como as viaturas têm um menor desgaste, porque a estradas é menos sinuosa, a prazo vamos ter aqui alguma poupança neste aspeto”, afirmou.
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